Talvez,
doce criança,
o
teu sonho acalentado,
no
leito recoberto de flores,
sem
espinhos – ilusões.
Talvez,
mas só talvez,
ele
se realize – ressalte-se:
Ainda
que por um instante,
possa
fazer-te mais feliz.
Talvez,
doce criança,
um
dia a vida se amenize;
e
entre as lutas, os lutos,
possas
simplesmente sorrir.
Talvez,
mas só talvez,
tua
fronte se volte pra luz;
e
reflita, tal qual espelho,
a
imagem das tuas ilusões:
O
sonho, outrora sonhado,
no
berço embalado,
na
alma entranhado,
sem
espinhos, só flor.
Fabiana Gusmão