sábado, 1 de junho de 2013

ANOITEÇO



Estranho entardecer,
quando sinto que anoiteço.
Da janela, olhar atônito,
cerro os olhos e, sem que veja,
assisto à última passagem tua...
- Explode um grito surdo!
Ninguém viu, nem ouviu,
só eu senti a dor que me dói... -
Antes a morte, coisa qualquer,
que me traga a sorte, o desfecho, enfim,
desse mal que padeço agora
e que me leva para longe de mim.
Sem sinal, sem farol no cais,
nada que me mostre o caminho...
- Perder-te é perder-me de vez! -

Fabiana Gusmão, em 01/06/2013



Assim, te recito



















Antigo tal qual o mundo,
está em cada elemento,
indizível ancestral de nós mesmos,
rio perene em meu pensamento.

Afaga a mão que se estende,
aquece qual chama incessante,
acolhe em tuas asas macias,
entoa o teu canto eterno e vibrante.

Acalenta Minh ‘alma
que há muito se agita
viajante dos tempos
e em meu peito palpita.

Suave perfume – jasmim,
dos campos alegres em flor,
jardim apinhado de estrelas,
ressoa aqui dentro: teu nome é Amor!


Fabiana Gusmão, em 01/06/2013