quarta-feira, 26 de setembro de 2012

TALVEZ




Talvez, doce criança,
o teu sonho acalentado,
no leito recoberto de flores,
sem espinhos – ilusões.

Talvez, mas só talvez,
ele se realize – ressalte-se:
Ainda que por um instante,
possa fazer-te mais feliz.

Talvez, doce criança,
um dia a vida se amenize;
e entre as lutas, os lutos,
possas simplesmente sorrir.

Talvez, mas só talvez,
tua fronte se volte pra luz;
e reflita, tal qual espelho,
a imagem das tuas ilusões:

O sonho, outrora sonhado,
no berço embalado,
na alma entranhado,
sem espinhos, só flor.

Fabiana Gusmão

Um comentário:

  1. E o "Talvez" é uma palavra que desperta todas as dúvidas e onde a realidade não coexiste.

    Beijos.

    ResponderExcluir