Toda
palavra cabe no verso,
mas
nem sempre no papel.
Às
vezes excede a ideia,
explode
e se se expande, pensamento meu.
Não
cabe também no sonho
que
um dia o poeta sonhou.
Movê-la
entre os dedos, quem sabe?
Detê-la
na imaginação...
Toda
palavra cabe em meu sonho,
mas
na lembrança não cabe não.
Pensar
o poema, senti-lo pulsar.
Palavra
incontida, sem solo, nem ar.
Fabiana
Gusmão