- Criador das
coisas belas
(e dos homens vis)! -
Livrai-me das almas insossas
Da incoerência,
Das insipiências,
E da sensatez.
Livrai-me da neutralidade,
Das dúbias verdades,
Da hedionda tragédia
Da desfaçatez.
Livrai-me, por piedade,
Do sorriso sem alma,
Da palavra oca,
Dessa lucidez.
E, se não for mal rogado,
O pedido infame
E essa má criação:
Fazei-me escorrer entre as letras,
Vestir poesia,
Eterna nudez!
Fabiana Gusmão, 26 de julho de 2016
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