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O riso que vês agora
Como um rio que deságua
De dentro pra fora
E brota do fundo de mim.
É um riso de aves brejeiras,
Insignes pelo céu anil,
Voando alegres, sorrateiras,
Ao longe, além e sem fim.
Como as flores mais singelas,
Que brotam despretensiosas
Em alamedas, nas janelas,
Dos olhos de quem me conduz.
Como fonte de águas claras,
Ladeando a enseada;
Borboletas na beira da estrada;
Todo amor, toda cor e toda luz.
Fabiana Gusmão