Eu fiz um poema silencioso,
sem vez, sem
mácula e sem voz.
Discreto, tímido, orgulhoso;
mas, sem palpite
em vós
Calado por gosto,
escondido por bem;
morrerá em seu
posto,
não verá a ninguém.
Eu fiz um poema
jocoso,
poucos o
compreenderiam;
em seu verso
sinuoso,
muitos sucumbiriam.
Tímido, discreto, calado;
meu poema prefere morrer,
em silêncio completo e profundo,
à sombra do verbo esquecer.
Fabiana Gusmão
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