Quero um poema assim,
com cheiro de chuva,
de semente nova
sob a terra seca,
de broto verde,
de colheita,
e pão.
Poema da cor da esperança,
do verde dos olhos de pai
quando olha pro céu
esperando chuva,
olha pra chuva
e prepara
o sonho,
o chão.
Um poema que encha o rio
de água sempre nova,
que lave as pedras
e que ame o leito
e que leve vida
onde passe
e renasça
no mar.
Poema de pássaro em festa
de bem-te-vi e andorinha,
sofrer, canário, acauã
de beija flor e sabiá,
de peixe n’água,
alegria n’alma,
de céu
e luar.
Quero um poema assim,
que fale com alegria
e simplicidade.
Que fale de amor
e saudade,
poema de flor,
de tudo
e de ti.
Fabiana Rocha.
(Fagur)

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