Sinto dizer,
mas
os sonhos se foram,
deixaram-me,
enfim.
Com
mãos de ferro,
arranquei-os
desse coração tão tolo.
Onde
antes eles estavam,
ficou
uma chaga dolorida
lavando-me
todo dia a face,
com
lágrimas frias.
Sinto
dizer,
mas
a dor também se foi.
Deixou-me,
pouco a pouco,
foi
morar n’outro lugar.
Levou
consigo os suspiros,
não
há mais lágrimas,
não
há mais ais
...
não há mais.
Sinto
dizer,
mas
também não estás mais aqui.
Deixou-me
desde sempre,
para
nunca mais.
Em
teu lugar, o nada.
Consigo,
levas-te tudo.
Sofro
a ausência de mim mesma,
sigo
levando a vida a esmo.
...
vazio infinito e silencioso...
Sinto
dizer,
Mas
preciso desdizer.
É
que às vezes me traio,
-
Maldita auto-infidelidade! -
Retomada
a confusão:
Renascem
os sonhos,
Reincidem
as dores
E
adivinha o que mais...?
Fabiana Gusmão
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSem tristezas, poeta. Divagamos assim, você compreende bem o processo. Grata pela visita!
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