O
que fazer se os dias são vazios,
se
entre uma palavra e outra,
aborrece-me
a filosofia
e
não cabe explicação?
Como
se não bastasse
trapacear-me
o tempo
e
trair-me o destino vil,
não
há lógica que me explique
que
me cale, que me acalme.
Quantas
premissas me restam
e
nenhuma conclusão?
“Cogito ergo sum”
Digam-me
agora se ainda hei de existir?
Não
quero as verdades preparadas,
Embaladas
como pacotes de compensação!
Não
quero que me racionalizem!
Não
tentem me idiotizar!
Não
há um só argumento,
nenhuma
retórica insipiente
capaz
de me convencer
de
que existe razão em um devir
insípido,
desconexo, irreal...
Determinismos
para quem se contenta
em
viver por conformidades!
Se
tu, somente tu, és a razão da minha vida.
E
se, nesse desencontro, nela não estás.
Conclusão
mais que cartesiana:
Não
há vida, não há...
Fabiana Gusmão
Uau! Deixou-me sem palavras..
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