quarta-feira, 5 de setembro de 2012

SENTIR





















Se o afago é na carne,
ou se extrapola o ato.
Se é concreta matéria,
ou se é etérea de fato.
Se estimula o sentido
que sente a dor de ser:
Desapego!
Desencanto!
Desengano!
Fecha os olhos e sente,
Abre-os outra vez e não vê...
Quando rompe, solitário,
o peito em pranto
e, sem chão,
sobe ao céu...

É minha voz:
um grito surdo!

Fabiana Gusmão, em agosto de 2012.

2 comentários:

  1. Intenso..e denso..como alguns dos seus poemas são. Inspiradores, como sempre.

    Beijos.

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