Ao chegar ao fim,
a tarde se despiu.
Primeiro o sobretudo,
depois o céu se abriu.
Tingindo em ocre, o azul,
e o céu rubro se fez.
Alva, branca, nua,
sua pele, a sua tez.
Mostrou-se inteira à lua,
enquanto o sol chorava.
Sua carne, enluarada,
da janela se avistava.
E beijaram-se às escuras;
ela, a Lua; ele, o Moço.
Naquela tarde nua,
amar, o amor, que alvoroço!
Fabiana Gusmão Rocha, 14 de maio de 2019.
Nenhum comentário:
Postar um comentário