Deixe-me
em paz,
Meu corpo
dói.
Dói
as dores do mundo.
Dói o
pranto sofrido.
Dói o
surdo gemido
Dói.
Meu corpo
dói de frio e de calor.
Dói por
não viver.
Dói de
abandono e de fome.
Dói
pelo rosto sem nome.
Dói.
Meu corpo
dói pela falta de abrigo.
Dói a
dor da carne fria.
Dói a
de tanto sentir.
Dói a
dor de existir.
Dói.
Meu
corpo é o templo
das dores
que vejo
e
pelas que imagino, ele dói.
Dói pela
vida sofrida,
dói
pela morte temida.
Deixe-me
em paz,
ele dói.
Fabiana
Gusmão Rocha, 1º de julho de 2019.
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