quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

MARIA





















Mal vicejou o sol naquele dia
E lá estava a roubar-lhe a luz.
Despida de trajes, ao sol se erguia;
Por vestes, os sonhos, sonhou Maria!

Cismou de querer ser livre
Livre, como um pássaro – livre;
Livre, como um vento – inventado;
Livre... Como deve ser o ser!

Amou o mar sentada na areia;
Emaranhou seus desejos aos de outros e outros...
Marejados olhos, de olhar perdido... E se foi.

Acordou muito cedo, antes do amanhecer;
Viveu a fome e a sede por bem viver
E deitou-se apressada, para a morte não ver!

Fabiana Gusmão, em 27 de dezembro de 2012.

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