terça-feira, 28 de junho de 2016

ASSIM, A POESIA

























Desfiz um poema em segredo
Corrompi a singularidade do eu
Refiz outra coisa qualquer
Nem nosso, nem vosso, nem teu.

Corri a caneta entre uns versos
Pintei-os de azul-cor-de-mar
Desatei-lhes os nós pelos pés
Revesti-lhes de asas a voar

Nascida, esculpida e aluada
Assim reinventei a poesia
Perene fluir de sonhos
O sal, o sol, o pão de cada dia.


Fabiana Gusmão, em 26 de junho de 2016

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