terça-feira, 14 de junho de 2016

DESEJO

Mirante da cidade histórica, em Porto Seguro, BA. Nov/2016














Entre todas as coisas que existem;
E do que resta agora, apenas peço:
Deixa que eu simplesmente seja
O avesso do avesso, um verso.

Em letras de rubor escarlate,
Nas folhas opacas do tempo.
Deixa-me perder entre as horas,
Bailando nesse pensamento.

Quero ser ave, ser flor
e beijar a face do céu.
Poder caminhar nas alturas,
Escrever meu destino ao léu.

E repousar suave, alegre... assim,
Dona do vento, inventando as horas, sem fim.

Fabiana Gusmão, junho de 2016


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