quarta-feira, 5 de maio de 2021

INATINGÍVEL DESEJO


 






Fosse o náufrago solitário

e às noites de inverno delirasse

que coberta em branco manto

a menina terra lhe sorria.

 

Fosse à noite o lamento

das sombras em busca da luz

e nas galáxias caminhasse

distante e errante estaria.

 

Fosse por hora o tormento

de quem perdido vagueia

em outras constelações,

o cais enfim lhe diria:

 

- Nada pode haver de tão belo

entre o real e o abstrato,

quanto o inatingível desejo. -

E por certo entenderia.

 

 

Fabiana Rocha

 

 

 

 

 

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