devorando-me os pensamentos,
devassando-me os instintos,
na sanha do desejo, aflito.
Por trás destas ríspidas telas vazias,
aproveita a fenda que ora te resta,
adentra-me e fica a vontade,
desnuda-me a alma sem pressa...
Desta janela que agora se abre;
tão tênue, tão frágil e fugaz,
revela-se de si, um mundo.
E do outro lado, teu olhar atento,
para além do tangível me espreita,
enxerga-me por dentro e ao fundo.
Fabiana Rocha, 05 de maio de 2021.
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