terça-feira, 12 de junho de 2012

CONTRADIÇÕES


À minha querida e esfuziante amiga-irmã, Eneuda Vaz Sampaio.













O que direi das minhas contradições eternas...
Eu, a calma e a fúria,
a doçura e o fel,
a sensível, a dura...
Eu, intolerância e respeito,
a fragilidade titânica,
a insegurança e a firmeza...
Eu, calada e efusiva,
Solitária em multidões,
uma criança madura...
Eu, saudosa do que virá,
fascínio pelo que não vivi...
Eu que acordo e me deito,
Que acolho e rejeito,
Sou sol, sou luar!
Ora desbravo, ora me escondo,
Ora resguardo, ora comungo
Ora me alegro, ora entristeço.
Eu, eterna em minhas contradições...

Fabiana Gusmão

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