sexta-feira, 15 de junho de 2012

A FALA NOSSA DE CADA DIA















A tua língua é viva,
meu senhor, não larga a lida
e esculpe o teu falar.

Fala de ritmo vibrante,
meu senhor, por mais que tente
toda a gente maldizer.

E maldizem e escarnecem,
meu senhor, ninguém se encanta
nessa gente inculta, a voz.

Tua língua, tua identidade,
meu senhor,  não rasga a seda,
muita história pra contar.

Declama a tua fala rústica,
transborda nessa gente insossa
a doçura de seu cabedal.

Fala sem medo,
a fala nossa de cada dia
e deixa essa gente maldizer...

Fabiana Gusmão

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