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Nandinha pequenina. |
A menina era
bem pequenina
E vivia a
brincar pelo chão.
Sorriso doce,
olhar altivo,
Mil segredos
na imaginação...
Suas maçãs,
sempre rosadas,
matizavam,
no centro, a tez;
e ao lado
das curvas dos lábios,
as covinhas
da insensatez.
(Preferia a
solidão
À certa companhia
Preferia o
silêncio,
À palavra
vazia...)
Deixou a
arte crescer,
No silêncio
da sua solidão;
Escorreu
entre os seus pensamentos,
Brotou da
palma da mão.
No azul do
céu, desenhou
Correu,
livre, entre as árvores
rabiscou
seus desejos alegres
Na areia
alva, que a chuva lavou.
Um dia
desistiu de ser gente,
vestida em
poeira e fantasia
disse-me
alegre, sorrindo:
- Decidi,
vou ser poesia!
Fabiana
Gusmão